segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ato 2 infância perdida


Infância perdida

Faço sair da cova da minha louca,
a mais castigada boca, que outrora beijou teu sonho, e numa ânsia de mostrar medonho, tamanho desprezo pelo prazer nefasto cair no lago de profundeza horrenda, dos aflitos átrios da bela infância, que os podres vis, de corpos viris, queriam banhos de sangue inocente, sobrou semente de tamanho nojo ao sofrimento, daquele amargo gozo, que já não tinha como ser feliz.

Paulo Alvarenga