terça-feira, 22 de setembro de 2009

Orquestra de amor


Bailemos
esses corpos jogados em cima da cama
e suamos até perder o ar,
ouvir uma canção alegre
o ar, o ar, o ar,
é como se fosse obrigatorio ouvir...
os meus ouvidos não ouvem nada
fico sem ar na verdade,
na minha idade só quero saber de gozar...
e a saciedade que essa vida gostosa me dá,
quero voar  de asa delta,
nessa cama de pedra,
quero deitar ao teu lado
pelado, e de pau pro ar,
sabendo que sou o teu rei,
ser o maestro da tua orquestra inteira,
deixar meu segredo dentro da minha bebedeira,
e amar, amar e amar...




Paulo Alvarenga